A obesidade está associada a dezenas de doenças, seja como causadora delas, seja como agravante de males pré-existentes. Dessa forma, a obesidade é compreendida como sendo muito mais do que uma questão de natureza meramente estética, mas sim um problema de saúde pública, no Brasil e no mundo.
O indivíduo em estado de obesidade vê serem prejudicadas sua qualidade de vida, sua autoestima, sua saúde e, frequentemente, sua vida social. Assim, é essencial que, em busca de uma melhor qualidade de vida e longevidade, dediquemos um olhar mais crítico e prático para a questão da obesidade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 246 milhões de pessoas (cerca de 6% da população adulta mundial) sofrem de diabetes. No Brasil, estima-se que 11 milhões de pessoas tenham a doença.
A epidemia de diabetes tipo 2 está associada diretamente à obesidade. Estresse, hábitos alimentares não saudáveis e vida sedentária são as principais causas da incidência da doença. Pessoas com excesso de peso têm risco de desenvolver diabetes três vezes superior ao de pessoas com peso normal.
O excesso de peso corporal está diretamente relacionado com a hipertensão arterial. Hábitos de vida não saudáveis, como o sedentarismo e consumo exagerado de alimentos industrializados – ricos em sal e dezenas de aditivos que não oferecem qualquer valor nutricional – atuam no aumento dos níveis de pressão arterial.
Estudos têm demonstrado que, com a redução do índice de massa corporal (IMC), a cirurgia bariátrica passou a ter um impacto benéfico significativo na diminuição da circunferência abdominal, assim como no controle da pressão arterial, da frequência cardíaca e dos níveis de colesterol LDL – sendo que essa cirurgia promove também o aumento do colesterol HDL (o colesterol “bom”).
O excesso de peso sobrecarrega todo o organismo, mas a coluna vertebral é afetada de maneira particular. Na pessoa obesa, o excesso peso do corpo pressiona as vértebras e desgasta as articulações, podendo provocar a hérnia de disco.
Assim, é muito comum o paciente sofrer com dores na coluna e nas articulações dos membros inferiores, como joelhos e tornozelos. Com a redução do peso corporal, é possível aliviar a carga sobre a estrutura óssea, suavizar as dores e minimizar a incidência de problemas articulares mais sérios.
A síndrome metabólica é representada por um conjunto de fatores que aumentam o risco específico para de se desenvolver uma doença cardiovascular. De acordo com o National Heart Lung and Blood Institute (NHLBI), a síndrome metabólica aumenta significativamente o risco de se desenvolver diabetes, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC).
A condição de obesidade grave está associada também a diversos outros problemas de saúde, como, por exemplo:
Deficiências de vitaminas e minerais também podem ser encontradas na obesidade. Muitas pessoas não fazem refeições saudáveis, substituindo-as por comidas gordurosas e frituras, não ingerindo assim nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.